Especialista recomenda que se tente consumir o mínimo possível de adoçante e se busque acostumar com o paladar mais azedo e amargo dos alimentos e sucos

O debate sobre consumo de adoçantes voltou a se arrefecer após decisões recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS). O órgão desencorajou o uso da substância, seja os sintéticos ou artificiais, conhecidos como NSS, para controle o peso e, mais recentemente, indicou que o aspartame deve ser declarado como possível carcinógeno pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc).

Mas afinal, o consumo de adoçante pode trazer prejuízos a saúde? A nutricionista clínica, especializada em saúde da mulher, Fabiana Fontes, revela que alguns estudos mostram a associação do consumo aumentado de adoçantes como sacarina sódica, aspartame, ciclamato e sucralose com riscos cardiovasculares, aumento de diabetes tipo 2 e hipertensão.

“Para as pessoas que não são diabéticas, o organismo, com o consumo regular de adoçante pode reduzir a capacidade do corpo tolerar a glicose e prejudicar a microbiota intestinal (redução das bactérias do bem, intestinais)”, explica.

Já a médica endocrinologista Ana Flávia Torquato pondera que não existe “comprovação científica de que o consumo de pequenas quantidades de adoçantes seja deletério à saúde, por isso eles continuam permitidos por órgãos regulamentadores internacionais e pela Anvisa no Brasil”.

A nutricionista recomenda que se tente consumir o mínimo possível de adoçante e se busque acostumar com o paladar mais azedo e amargo dos alimentos e sucos. Em casos que é realmente se faz necessário utilizar a substância, ela indica, no máximo, cinco gotas do adoçante líquido ou duas unidades do sache por dia. “Cuidado com os alimentos diets e light que muitas vezes também contém adoçantes”, alerta.

Ana Flávia reforça que cada adoçante possui uma dose máxima diária estabelecida por órgãos reguladores como o JECFA. “Em geral, a quantidade utilizada pela maioria das pessoas não atinge essa dose máxima. Por exemplo, a ingestão diária aceitável (IDA) de Glicosídeos de Esteviol é de 4 mg/kg de peso por dia. Uma pessoa de 60 kg teria uma dose de máxima aceitável de 240 mg por dia, o que é improvável alguém atingir apenas adoçando o café! Se for para estabelecer um valor, de maneira empírica, eu diria que seria razoável não ultrapassar 30 gotas de adoçante por dia, valor bem abaixo da ingestão diária aceitável”.

A médica lembra ainda que o grande problema do consumo de adoçante está nos produtos ultra-processados, pois as pessoas não costumam contar com a presença da substância nesses, nem prestar atenção em qual adoçante é utilizado.

Existe adoçante mais saudável? 

Dos diversos tipos de adoçantes disponíveis no mercado, Fabiana destaca que existem algumas opções que são mais indicadas. Entre elas está o stévia, que é natural. O xilitol é outra sugestão da profissional, porém ela lembra que “para algumas pessoas que possuem síndrome do intestino irritável ou o intestino mais sensível o xilitol, sorbitol ou manitol são péssimas opções. Por isso o cuidado com os tipos de adoçantes escolhidos”.

Alternativas

Para quem busca opções mais saudáveis de adoçar as refeições, a nutricionista sugere utilizar uvas-passas ou damasco em bolos, por exemplo. “Outra saída é acrescentar a banana madura em vitaminas e iogurtes para adoçar, mas se for um café ou suco, por exemplo, use pouco de mel de abelhas ou agarve, ou rapadura, ou açúcar mascavo, sempre controlando a quantidade. E essas últimas opções, claro são para pessoas que não são diabéticas”.

Emagrecimento 

Já quem utiliza o adoçante como uma estratégia nas dietas que visam o emagrecimento, a especialista defende a tese de que não é uma boa opção. Ela afirma que o ideal seria reduzir o consumo calórico de outras formas, como consumir mais saladas, substituir por alimentos desnatados ou reduzir frituras.

“Não é porque você reduziu pequenas calorias usando adoçante que você vai emagrecer, existem estratégias mais saudáveis, melhores e muito mais eficientes que meramente usar adoçante. Isso não é garantia e nem estratégia para emagrecer”, defende.

Adoçante para diabéticos

Já para as pessoas diagnosticadas com diabetes, o uso de adoçantes é uma estratégia interessante, segundo a profissional. Ela lembra, no entanto, que é necessária muita moderação e, se possível, sempre reduzir o consumo dele e se educar nutricionalmente.

O mundo das abelhas é surpreendente. Além de serem insetos com vida social, elas produzem agentes naturais que se tornam úteis para a manutenção da nossa saúde. Entre eles, existe a geleia real, que merece uma atenção especial. Diferente dos outros produtos das abelhas, a geleia passou a ser utilizada a partir do século XX, sendo aplicada como complemento alimentar e na indústria de cosméticos. (1,2)

Hoje, nós vamos descobrir mais sobre a geleia real.

A geleia real é rica em nutrientes

A geleia real é uma substância viscosa, secretada por abelhas operárias jovens para a sua nutrição. É um dos produtos mais importantes para a colmeia, pois serve de alimento para as larvas em desenvolvimento e para a abelha rainha por toda a sua vida. Estamos falando de um dos compostos mais ricos que existem na natureza, contendo, em sua composição, mais de 100 tipos diferentes de substâncias, como vitaminas, sais minerais, aminoácidos, proteínas, carboidratos, lipídios, hormônios, ácidos e entre outros. (1,3,4)

Os minerais presentes na geleia real são: enxofre, magnésio, ferro, zinco, cobre, arsênio, lítio, cobalto, manganês, níquel, cromo, fósforo e nitrogênio. Em relação aos aminoácidos, encontramos a alanina, metionina, arginina, taurina, glutamina, tirosina, triptofano, entre outros. Todos esses elementos desempenham um papel fundamental, justamente por proporcionarem funções biológicas importantes. (3,5) 

A maior produtora de geleia real é a China, responsável por cerca de 60% da produção mundial. Quanto à sua comercialização no Brasil, a geleia real recebe destaque como atividade do agronegócio em desenvolvimento. Então, cada vez mais, o interesse comercial em nosso país vem crescendo. (4)

Esse cenário não é surpresa, visto que essa substância produzida pelas abelhas vem demonstrado possuir várias ações benéficas, como atividade antibacteriana, anti-inflamatória, atividades vasodilatadoras e hipotensores, ação desinfetante, antioxidante e antitumoral. Logo, suas propriedades terapêuticas passaram a ser cada vez mais estudadas. (5)

A importância da geleia para os seres humanos

A geleia real ganhou o conceito de alimento funcional pois promove positivamente efeitos fisiológicos ou psicológicos, além do seu valor nutritivo tradicional. Ela vem sendo amplamente utilizada para alimentação humana, uma vez que os compostos fenólicos presentes, como os flavonoides, são os que proporcionam uma visibilidade em relação a ampla gama de atividades biológicas. (4)

A seguir, listamos os principais efeitos da geleia real para a nossa saúde. 

1 – Antimicrobiano

O efeito antimicrobiano da geleia real indica que há a capacidade de reduzir a presença de micróbios, tais como bactérias e fungos. Acredita-se que essas propriedades sejam provenientes da própolis: a produção de geleia real é feita pela digestão, nas abelhas, do própolis e do pólen que elas consomem; por isso, algumas propriedades do própolis, como o efeito antimicrobiano, permanecem na geleia real, proporcionando uma maior ação contra possíveis patógenos e influenciando no papel de proteção e reforço da imunidade. (5)

2 – Antioxidante

A geleia real também pode evitar a ação deletéria dos radicais livres sobre as células, que favorecem o envelhecimento celular, danos ao DNA e o aparecimento de doenças, como câncer. O efeito antioxidante dessa substância age “sequestrando” o oxigênio, o que reduz a disponibilidade de radicais livres para realizar reações oxidativas, protegendo as células. (5)

3 – Anti-inflamatório

Esse é um efeito utilizado para amenizar os sinais e sintomas de um estado inflamatório. As ações anti-inflamatórias da geleia real ocorrem através da inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias por macrófagos ativados. (4,5)

4 – Hormonal

Os hormônios são produzidos pelas glândulas, tecidos especializados e neurônios, que equilibram as funções biológicas do corpo, como o metabolismo, crescimento, sexualidade, dentre outros. Evidências apontam que o uso da geleia real pode garantir uma sensação de bem-estar e alívio dos sintomas da menopausa e TPM, comumente causados pelo desequilíbrio hormonal. (5)

5 – Prevenção de doenças crônicas

Doenças crônicas são caracterizadas como um conjunto de condições crônicas compostas por múltiplas razões, de prognóstico incerto, com longa ou indefinida duração. Desse modo, foi observado que algumas doenças crônicas podem ser estabilizadas com o uso da geleia real, como a hipertensão e o diabetes. (5)

Certas proteínas encontradas nessa substância podem agir diretamente sobre os níveis de pressão arterial, que, quando combinadas ao potássio, podem diminuir o estresse nos vasos sanguíneos, o que reflete na redução da pressão arterial. Em relação a diabetes, foi descoberto que a geleia real age com ação insulínica, ajudando na absorção e utilização da glicose sanguínea. Além disso, ela também pode agir na tolerância à glicose, contribuindo para níveis mais baixos de glicemia. (5)

6 – Nutricional

O conceito de nutrição se refere ao processo de fornecimento, aos organismos animais e vegetais, dos nutrientes necessários para a vida, no qual se busca o bem-estar e a preservação da saúde humana. Uma boa nutrição equivale a prevenção de doenças crônicas, uma vida mais saudável e com qualidade. A geleia real possui inúmeros benefícios nutricionais a partir de uma composição ricamente proteica, com vitaminas B1, B2, B6, niacina, ácido pantatênico, biotina e ácido fólico, ajudando as células a realizarem suas devidas funções. (5)

Viu como a geleia real pode ser benéfica ao organismo, trazendo inúmeros efeitos que podem promover a nossa saúde? Sem dúvidas, as abelhas são muito importantes para manter o equilíbrio da natureza, logo, reforçamos a importância de preservar a vida de todo ser que temos o privilégio de dividir o mesmo lar: o planeta Terra.

Fontes:
  1. AMOEDO, Luiz Henrique Garcia. GELÉIA REAL: Análises físico-químicas e químicas úteis para a caracterização e detecção da autenticidade ou adulteração do produto. 1999. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-08062017-124034/publico/Luis_Henrique_Garcia_Amoedo_Mestrado.pdf>. Acesso em 14 mar. 2022.
  2. BEZERRA, André Luiz Dantas. Ações terapêuticas da geleia real. 2018. 42 f. Dissertação (Pós-Graduação em Sistemas Agroindustriais) – Centro de Ciência e Tecnologia Agroalimentar, Universidade Federal de Campina Grande, Pombnal, 2018. Disponível em: <http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/bitstream/riufcg/3259/3/ANDR%C3%89%20LUIZ%20DANTAS%20BEZERRA%20%E2%80%93%20DISSERTA%C3%87%C3%83O%20PPGSA%20PROFISSIONAL%202018.pdf>. Acesso em 14 mar. 2022.
  3. ARAÚJO, José Alexandrino Pereira de et al. A geléia real e a sua importância. Disponível em: <http://www.apisglobal.com.br/images/documentos/10.Ageleiarealesuaimportancia.pdf>. Acesso em 14 mar. 2022.
  4. JUNIOR, José Max B. de Oliveira; CALVÃO, Lenize Batista. A arte de criar abelhas. Ponta Grossa: Atena Editora, 2019. Disponível em: <https://sistema.atenaeditora.com.br/index.php/admin/api/artigoPDF/21680>. Acesso em 14 mar. 2022.
  5. FAUSTO, Patrícia Ferreira et al. Propriedades terapêuticas da geleia real. Journal of Medicine and Health Promotion, v. 4, n. 3, p. 1160-1169, 2019. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/Milena-Sousa/publication/355378129_PROPRIEDADES_TERAPEUTICAS_DA_GELEIA_REAL_THERAPEUTIC_PROPERTIES_OF_THE_ROYAL_JELLY/links/616d7ad125467d2f0052cfd4/PROPRIEDADES-TERAPEUTICAS-DA-GELEIA-REAL-THERAPEUTIC-PROPERTIES-OF-THE-ROYAL-JELLY.pdf>. Acesso em 14 mar. 2022.

O calor dos últimos dias tem feito muita gente adaptar os hábitos alimentares em prol de facilitar a digestão e não ficar com aquela sensação de moleza o resto do dia. A recomendação dos especialistas para evitar a desidratação – comum nessa época – é caprichar na ingestão de líquidos sempre. Para isso, a nutricionista Rita da Silva traz uma dica refrescante: a polpa de manga!

A manga é uma fruta típica do verão, por isso, estão mais saborosas nessa época do ano. Transformar as frutas em polpas é um processo rápido. Basta cortar o alimento em pedaços e liquidificá-los. No entanto, a especialista recomenda o armazenamento da fruta na geladeira em pedaços, em formas de gelo ou recipientes pequenos que possam ir ao freezer.

“Quando a fruta é congelada na forma de polpa, a perda de nutrientes é mínima e ela não corre o risco de estragar”, argumenta a nutricionista.

A manga é composta por vitamina A, vitamina B, vitamina C, vitamina E, vitamina K, cálcio, zinco, potássio, ferro e magnésio. Essas substâncias previnem o câncer, reduzem a acidez do estômago e combatem rugas e espinhas. Além disso, ela é capaz de diminuir o colesterol, regular o nível de açúcar no sangue e também prevenir a anemia.

A versatilidade da manga

Nos dias mais quentes do ano, a manga é ideal para fornecer ao organismo os nutrientes perdidos durante o processo natural de transpiração. Além de sucos e vitaminas, com a polpa da fruta é possível preparar alguns pratos, entre eles, mousse de manga, cheesecakes, sorvetes, bolos, tortas e demais sobremesas e saladas.

“Com a correria do mundo moderno, ingerir a quantidade necessária de frutas durante o dia tem ficado cada vez mais difícil. Por isso, ter em casa polpas naturais que podem facilmente virar uma bebida é a proposta perfeita. Além de colaborar para uma alimentação mais saudável”, justifica a nutricionista. Para concluir, ela indica ainda que os sucos de garrafa e pó sejam evitados. “As polpas naturais são mais nutritivas e saborosas”, garante.

Coração forte! Alimentos saudáveis podem prevenir infartos. Veja como eles agem

Coração bom é coração que bate forte e saudável! E, para mantermos a nossa saúde cardíaca em dia e a pleno funcionamento, uma alimentação equilibrada, funcional, e rica em nutrientes está diretamente ligada ao pulsar regular desse nosso incansável trabalhador do corpo. Descubra os principais alimentos para mantermos o coração livre de doenças e problemas e como eles agem no organismo!

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 15 milhões de pessoas são afetadas com problemas no coração, sendo o infarto a maior incidência desses problemas. Dentre as principais causas dos ataques cardíacos, segundo a entidade, a obesidade, a falta de exercícios regulares e, claro, a má alimentação, são fatores agravantes para o desenvolvimento das doenças. A nutricionista Daniella Chein apresenta, abaixo, alguns alimentos importantes que podem beneficiar a saúde cardíaca, diminuindo, sobretudo, os níveis do colesterol ruim, o “LDL”: “Esse alimentos ajudam a diminuir o risco de problemas cardiovasculares e enriquecem a alimentação saudável”, explica a profissional. Confira!

Alimentos que ajudam a prevenir o infarto

– Laranja, kiwi e outras frutas ricas em vitamina C: Existem estudos recentes que concluíram que a vitamina C fortalece as paredes dos vasos sanguíneos, auxiliando na passagem de sangue pelo coração.

– Gema de ovo e atum: A vitamina D atua no controle das contrações do músculo cardíaco, responsável por bombear o sangue. Além disso, a falta dela pode provocar acúmulo de cálcio nas paredes das artérias, aumentando as chances de infarto e AVC (derrame). “Mas lembre-se que a gema deve estar bem cozida pois corre-se o risco de contaminação por salmonella na gema crua”, destaca a profissional.

– Abacate, tomate e lentilha: Alimentos que devem estar presentes na alimentação de quem deseja manter baixos os níveis de colesterol e consequentemente prevenir o infarto.

– Uva roxa (ou frutas vermelhas e roxas): Outra recomendação são os alimentos antioxidantes, que protegem as células e evitam o processo inflamatório dos vasos sanguíneos. Esses alimentos devem conter o resveratrol, substância com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que é encontrada na casca e nas sementes dessas frutas.

– Castanha do Pará: Um grupo importantíssimo são os das oleaginosas, que contêm as “gorduras do bem”, chamadas de poli-insaturadas. Elas ajudam a diminuir o risco de problemas cardiovasculares.

– Aveia: Fonte importante de silício, esse alimento tem betaglucana, molécula que melhora a circulação sanguínea e dificulta a absorção da gordura pelo intestino. De quebra, ainda ajuda a eliminar toxinas do organismo.

Ômega 3 merece um destaque especial para a saúde do coração

Presente tanto em vegetais como em frutos do mar, o ômega 3 foi associado com o risco 10% menor de sofrer ataques cardíacos fatais. “Nos vegetais, o ômega 3 está presente em nozes, óleo de linhaça, óleo de canola e em algumas outras sementes e seus óleos. E nos peixes, o salmão e sardinha são peixes extremamente ricos na substância”, salienta a Daniella Chein.

Medida de açúcar: O quanto podemos consumir doces diariamente na alimentação?

Açúcar e alimentação saudável, na maioria das vezes, não se misturam. Contudo, com moderação, é possível usar o ingrediente de forma natural no dia a dia

Açúcar: Ame-o ou deixe-o! Um dos ingredientes mais utilizados na história da gastronomia, inclusive, podemos dizer que mudou o patamar das receitas e da culinária mundial, com pratos mais doces e saborosos, também é visto como um grande vilão, quando o assunto em questão é equilibrio alimentar em prol da saúde. Mas, a boa notícia às “formiguinhas de plantão” é que com bastante moderação e utilizando versões mais naturais dessa iguaria, é possível adoçar as comidas sem, necessariamente, descuidar do corpo!

De acordo com dados e pesquisas nutricionais da Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo diário de açúcar não deve ultrapassar 50 g ou 10% das calorias ingeridas em uma dieta saudável. Segundo a nutricionista Glasiele Medeiros, seria importante reduzirmos esses valores da OMS, ainda pela metade: “Maiores benefícios à saúde podem ser alcançados se o consumo diário de açúcar for reduzido para 5% das calorias ingeridas (ou cerca de 25 g de açúcar por dia). O açúcar naturalmente presente em alimentos, como a frutose, não deve ser computado nessa recomendação”, completa a nutricionista.

Açúcar vicia? Como ele age em nosso organismo?

Mesmo com a aparição de produtos diet, ligth e zero, ainda assim é difícil manter uma alimentação totalmente sem açúcar no dia a dia. Isso acaba interferindo diretamente na qualidade de vida das pessoas, já que, segundo Glasiele, o produto, principalmente seu tipo refinado, possui componentes “viciantes”, ou seja, que causam uma dependência de consumo. Ela explica como o açúcar age em nosso organismo:

“O açúcar geralmente é o principal ingrediente dos doces. Quando consumimos doces, o açúcar é transformado em glicose e é dessa forma que ele circula no sangue. O consumo de doces, principalmente em jejum, faz com que a glicose no sangue (glicemia) aumente rapidamente, levando a liberação de insulina, hormônio responsável por permitir que a glicose entre nas células. Esse rápido aumento da glicemia faz com que grandes quantidades de insulina seja liberada a fim de “estocar” todo o açúcar ingerido”, destaca a profissional, complementando:

“Esse processo ocorre rapidamente, fazendo com que os níveis de glicose subam e depois caiam rapidamente, o que faz com que a vontade de comer mais doce persista, gerando assim um ciclo vicioso, que pode contribuir para o surgimento de doenças como diabete tipo 2, doenças cardiovasculares e obesidade. Além disso, o consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de cárie dental”, diz a especialista.

Quem precisa evitar o açúcar?

De acordo com a nutricionista, o ideal é que o consumo de doces seja eventual e com moderação inclusive por indivíduos sadios, mas há pessoas que precisam evitar e ter um cuidado maior:”Diabéticos ou pessoas com predisposição à doença; Obesos e aqueles que se encontram acima do peso ou portadores de alguma doença requerem orientações específicas de um profissional nutricionista”, finaliza Glasiele.

 
*Glasiele Medeiros (CRN 4 09101150) é Nutricionista Clínica com atuação em hospital e consultório particular. É formada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e pós-graduanda em Nutrição Clínica Funcional pelo Centro VP de Nutrição Funcional. Instagram: /glasimedeirosnutri

Geleia sem açúcar faz bem para a saúde? Descubra 7 benefícios desse alimento!

Saborosas, versáteis e sem açúcar! As geleias orgânicas também podem ser saudáveis para a nossa alimentação? Compostas por alimentos naturais e nutritivos, essas versões podem, em uma dieta equilibrada, fazer parte tranquilamente do dia a dia de quem não abre mão de um bom acompanhamento para um lanchinho da tarde, brunchs ou no café da manhã. Descubra como utilizar essas delícias a seu favor!

Geleia com torrada, em biscoitos, pães integrais e até para o preparo de sobremesas fit… As opções são fartas e deliciosas para acrescentar esse alimento nutritivo no seu dia a dia. Por não possuírem aditivos químicos, as versões orgânicas das geleias sem açúcar são livres de substâncias prejudiciais nossa saúde. Além disso, por serem feitas com ingredientes naturais, são mais saborosas, já que conservam os melhores componentes das frutas.

Segundo a nutricionista Daniella Chein, as geleias são boas alternativas para compor o café da manhã ou os lanches intermediários, de maneira saudável e com uma grande variedade de sabores: “As geleias orgânicas são fontes de fibra e ajudam o organismo a funcionar de forma saudável, mantendo o intestino ativo. Opção ideal para quem está na dieta de emagrecimento, também proporciona energia ao corpo por conter frutose, o açúcar da fruta“, explica a profissional.

7 benefícios das geleias para nossa alimentação

1 – Completam os nutrientes necessários: As frutas são conhecidas por completarem o nosso quadro nutricional, sendo indicado o consumo de 4 a 5 porções por dia. As geleias ajudam nesse consumo, já que são preparadas com a fruta integral e, de acordo com o sabor, seus nutrientes variam, alterando os benefícios acrescidos.

2 – Fortalecem o sistema imunológico: Conhecidas por serem fonte de vitamina C, as geleias orgânicas de frutas ajudam a tornar o nosso organismo mais saudável, livre de gripes, resfriados e outras inflamações causadas pela baixa imunidade.

3 – Facilitam o trânsito intestinal: Esse alimento é rico em fibras alimentares responsáveis por favorecerem o funcionamento do nosso intestino. As substâncias ajudam a prevenir a constipação e a prisão de ventre, muito comum em diversas pessoas.

4 – Fontes de energia para nosso corpo: Para os praticantes de exercícios físicos ou para quem deseja dar um gás nas atividades cotidianas, as geleias são boas opções pois são de fácil digestão, fazendo com que o organismo assimile e forneça a energia necessária.

5 – Proporcionam um coração saudável: As fibras alimentares também atuam em prol do órgão cardíaco, tornando-o ativo e forte, prevenindo as doenças cardiovasculares, tais como o AVC, derrame, pressão alta, etc.

6 – Livres de açúcar: Por não conter adição de açúcar, apenas a frutose, açúcar natural das frutas, as geleias são excelentes alternativas para as pessoas que apresentam diabetes ou precisam equilibrar os níveis de glicose no organismo.

7 – Favorecem a perda de peso: As geleias orgânicas possuem uma baixa quantidade de calorias, tornando-as ideias para quem quer perder alguns quilinhos: “Vale ressaltar que o café da manhã deve representar 25% das calorias totais diárias de uma pessoa, assim sendo, as geleias são ótimas opções para substituirmos alimentos gordurosos, como margarina e manteiga”, finaliza a nutricionista.

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